Vacina Contra a Covid-19

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Atuação pela Vacina

O Vereador Conrado entrou em contato com o Instituto Butantan, para saber como está sendo feito o protocolo de intenções com os municípios pela obtenção de vacinas contra a Covid-19. De acordo com as informações obtidas, é muito simples: qualquer Prefeito pode mandar um e-mail e receber o protocolo de intenções para assinar. Ainda não há explicações sobre os custos da vacina e o Instituto disse que é preciso aguardar um pouco mais para saber os valores.

Conrado entrou em contato também com outros institutos, para obter mais informações, e só não conseguiu falar com o grupo Johnson & Johnson. De todos as instituições que fez contato, apenas o Instituto Butantan está fazendo o protocolo de intenções, e os Prefeitos precisam fazê-lo para ter acesso.

Os Prefeitos e Governadores precisam trabalhar mais do que nunca agora, pois o que vai salvar as pessoas e a nossa economia é a vacina. Precisamos neste momento de vacinas, de tecnologias para a produção de vacinas e de investimento nesta produção. É isso que precisa ser feito. O Presidente precisa trabalhar junto à Anvisa para autorizar o registro ou uso emergencial das vacinas, para que o SUS tenha acesso, e os os brasileiros possam receber a imunização.

Tendo em vista a necessidade de trabalhar pelas vacinas, Conrado encaminhou documentos para a Secretaria Municipal de Saúde e para a Prefeitura de Santos Dumont, que receberam sua sugestão de entrar em contato com os laboratórios.

Existem 4 imunizantes na última fase de testes, ou seja, são 4 potenciais vacinas que já passaram por outras fases de testes e conseguiram êxito. Milhares de pessoas no Brasil estão sendo testadas no atual momento com esses imunizantes. Esses quatro imunizantes são: Pfizer/BioNtech; Oxford/AstraZeneca/UNIFESP; Johnson & Johnson/CoVPN/UFMG; e Sinovac/Instituto Butantan.

Saiba mais sobre cada um destes imunizantes:

 

Pfizer/BioNTech 

Primeira vacina contra a Covid-19 autorizada no ocidente, desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia Biontech. Começou a ser desenvolvida por um casal de pesquisadores na Alemanha, a partir de janeiro de 2020, antes mesmo de o primeiro caso de Covid-19 ser confirmado no país. Os pesquisadores da empresa de biotecnologia BioNTech decidiram se dedicar a encontrar uma vacina logo que leram uma publicação científica sobre a propagação do vírus na China, acreditando que uma pandemia estava a caminho.

Depois de quase um ano de muitos estudos, pesquisas e testes, a vacina foi autorizada em dezembro em países da Europa e América. Testes comprovaram a eficácia de 95% contra a Covid-19. A imunização é aplicada em duas doses, que são injetadas num intervalo de três semanas.

A Pfizer tem feito esforços para distribuir vacinas para o Brasil todo, mas não está fazendo contato com os municípios e estados, apenas com o Governo Federal – através do Ministério da Saúde – para liberar a vacina para todos.

O imunizante da Pfizer/BioNTech foi também o primeiro a receber autorização para uso emergencial universal pela OMS, com o objetivo de garantir o acesso à vacina para todos os países, e facilitar o processo de aprovação nos países que ainda não conseguiram concluir as análises.

 

Oxford/AstraZeneca/UNIFESP

Este imunizante foi desenvolvido pela universidade de Oxford e a empresa biofarmacêutica AstraZeneca. A vacina teve uso emergencial aprovado no Reino Unido por agência reguladora britânica, e deve começar a ser avaliada pela OMS apenas nos primeiros meses de 2021, mas vem apresentando bons resultados até o momento.

Este é o principal imunizante do plano de vacinação do governo brasileiro, devido à sua maior facilidade de produção em massa e armazenamento, e possui 90% de eficácia contra a Covid-19.

Em janeiro de 2021 a Anvisa autorizou a importação de 2 milhões de doses da vacina a pedido da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – que é parceira do laboratório AstraZeneca e responsável por produzir este imunizante aqui no Brasil – mas esta autorização é apenas para a importação das doses. A Anvisa precisa autorizar ainda a aplicação da vacina no Brasil, aprovando o seu registro ou uso emergencial. De acordo com a Fiocruz, a importação ocorreu para antecipar a vacinação no país, logo que a Anvisa autorize o uso.

 

Johnson & Johnson/CoVPN/UFMG

A Faculdade de Medicina da UFMG está participando da fase 3 dos testes clínicos com a vacina da Johnson & Johnson. A vacina foi desenvolvida pela farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, nos Estados Unidos. Terá apenas uma dose, e está sendo testada nos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Colômbia, África do Sul, e outros países.

 

Sinovac/Instituto Butantan

Vacina desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantã e a biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech. Antes que seja divulgada a eficácia oficial do imunizante, a Sinovac ainda vai analisar dados obtidos em vários países. Este imunizante também aguarda a liberação da Anvisa, para que seja concedido o registro e autorizado o uso emergencial da vacina no Brasil.

 

A situação do Brasil na corrida por uma vacina contra a Covid-19

As vacinas acima mencionadas já passaram por diversas fases de testes ao longo dos últimos meses, e são seguras, pois a avaliação é muito rígida. As tecnologias usadas para produzir os imunizantes também são seguras, uma vez que já foram desenvolvidas há muito tempo. A respeito das novas variantes do vírus, de acordo com pesquisadores do Centro de Prevenção e Combate às Doenças dos Estados Unidos não há informações suficientes para dizer que as vacinas são menos eficazes ou que não são eficazes. De com os dados que se têm até o momento, os especialistas acreditam que as vacinas atuais são eficientes também contra as novas variantes.

As vacinas, que já foram aprovadas e estão sendo aplicadas em outros países, aguardam agora a aprovação da agência reguladora brasileira Anvisa, para que comecem a ser definitivamente aplicadas também no Brasil.

O Governo Federal assinou um termo junto à Pfizer, para garantir 70 milhões de doses da vacina em 2021 para o Brasil, e segundo o Ministério da Saúde, até o momento o governo não tinha comprado nenhuma vacina ainda. O Ministério da Saúde garantiu ainda que o governo pretende inserir outras vacinas no programa brasileiro, se forem aprovadas pela Anvisa.

Infelizmente, enquanto em outros países a vacinação já foi iniciada, o Brasil ainda demora para firmar a compra dos imunizantes para atender a todos. Nem mesmo as seringas necessárias para a vacinação o governo conseguiu garantir. O plano era adquirir 331 milhões de unidades de seringas, mas só conseguiu 7,9 milhões, número que corresponde a menos de 3% do total que o Ministério da Saúde precisava adquirir.

Neste momento, o Governo Federal, os Estados e os Municípios precisam dedicar todos os esforços para viabilizar a vacinação. A vacina é a maior garantia que temos para, aos poucos, nos vermos livres da Covid-19, e seguirmos em frente. Somente através da vacinação em massa será possível a erradicação da doença.

 

Outra vacina no radar do Brasil

A empresa indiana Bharat Biotech que produziu a vacina em território indiano deseja vender sua vacina no Brasil, e iniciou suas conversas com a Anvisa. A vacina produzida na Índia, de nome Covaxin, já tem o interesse da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC). Os resultados desta vacina está sofrendo críticas da comunidade científica internacional, pela celeridade nos trâmites das etapas das pesquisas.

Santos Dumont/MG, 05 de janeiro de 2021