A origem do Instituto Butantan está ligada ao surto de peste bubônica no Estado de São Paulo, precisamente no porto de Santos.
O Governo do Estado de São Paulo, em 1899, criou um laboratório para produzir o soro para combater a peste bubônica na Fazenda Butantan, zona oeste da cidade de São Paulo. O surto havia se iniciado no porto de Santos do estado paulista. Assim, surgia o Instituto Butantan.
Inicialmente, o novo laboratório era vinculado ao Instituto Bacteriológico (atual Instituto Adolpho Lutz) e em 1901 foi considerado um laboratório independente, passando a se chamar Instituto Serumtherápico. De 1899 até a presente data o Instituto é vinculado à Secretaria de Estado de Saúde do Governo de São Paulo.
Vital Brazil Mineiro da Campanha, em 1901, foi o primeiro diretor do instituto, era médico e especialista em epidemiologia, e atuou no enfrentamento a peste bubônica junto com Oswaldo Cruz. Antes da independência do Instituto, o médico responsável pela nova instituição foi Adolfo Lutz, outro pesquisador.
O Instituto hoje é pioneiro na produção de soros imunoterápicos, que servem para auxiliar pacientes que sofreram picadas de serpentes, aranhas, lagartas, escorpiões, entre outros soros. Dentro do Instituto há um Hospital, de nome Vital Brazil (em homenagem ao seu fundador) que funciona 24 horas para cuidar de pacientes que sofreram picadas dos animais citados ou problemas correlatos.
Além disso, o instituto produz as seguintes vacinas:
• Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis;
• Vacina adsorvida diftéria e tétano adulto;
• Vacina adsorvida diftéria e tétano infantil;
• Vacina adsorvida hepatite B;
• Vacina influenza sazonal trivalente;
• Vacina raiva.
Atualmente, ele está produzindo a vacina contra a pneumonia bacteriana, contra o rotavírus, contra a dengue, entre outras vacinas que estão em andamento.
No dia de hoje, o Instituto conseguiu publicar resultados comprobatórios contra a COVID-19. De todos os pacientes que tomaram a nova vacina, na fase de testes, 100% não tiveram a doença nos casos graves, moderados ou com internação. Para casos de leve desenvolvimento da doença ou com atendimento ambulatorial, o resultado foi de 78% de eficácia. Em outras palavras, na fase de testes, somente 22% dos vacinados contraíram a doença, e mesmo assim tiveram sintomas leves.

Foto: Arquivo Butantan
Nenhum dos vacinados tiveram sintomas graves e nem precisaram de internação.
Por ser uma tecnologia produzida no Brasil é mais fácil a produção, comercialização e distribuição do imunizante. Essa vacina de nome CoronaVac está sendo produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech – respeitada empresa que já produziu diversas vacinas, e está no mercado desde 1999.
O Instituto Butantan possui diversas atribuições, possui programas de pós-graduação, com mestrado e doutorado, tem museus em seu território, possui projetos culturais, vários laboratórios e muito mais.
É uma instituição de respeito. Viva o Butantan!
Observação: O nome Butantan vem do tupi que significa terra muito dura ou terra firme.
Santos Dumont/MG, 07 de janeiro de 2021